sábado, 11 de setembro de 2010

Propulsão

Velas geram força de propulsão de dois modos diferentes: o primeiro simplesmente capturando o vento que passa e seguindo na mesma direção dele, funcionando mais como um pára-quedas do que uma asa; no outro modo a propulsão ocorre com a vela percorrendo uma trajetória transversal à direção do vento e, devido a seu perfil aerodinâmico, o ar percorre uma trajetória maior em um dos lados da vela, no mesmo intervalo de tempo, gerando uma diferença de pressão entre os lados (maior no lado côncavo) que força a vela em uma direção, de um modo parecido a uma asa (Princípio de Bernoulli).
Barcos de competição e recreio, atualmente os maiores utilizadores de velas como sistema de propulsão, costumam levar dois tipos diferentes de vela, a balão (spinnaker), parecida com um pára-quedas, para velejar na mesma direção do vento, e velas latinas (genoas), triangulares, o mais altas e estreitas possíveis para com sua forma aerodinâmica gerar propulsão, e seguir nas direções transversais ao vento.
As velas das embarcações dividem-se em dois grupos: pano redondo (velas de formato retangular, fixas a vergas nos seus lados superior e inferior), e pano latino (de forma triangular).
O vôo a vela também utiliza as duas formas, o próprio pára-quedas para descida direta ou a chamada asa-delta, que trabalhando na transversal da corrente de ar com seu perfil aerodinâmico, gera propulsão avante.

Perfil

Como uma vela também gera arrasto, uma força contraria e indesejável que aumenta com a velocidade, curvatura e formato da vela, procura-se variar o perfil com o uso de tração na retranca, suporte horizontal da vela, transversal ao mastro. De um modo geral, quanto mais forte está o vento, mais plana deverá estar a vela com tração aplicada na retranca. Se o vento estiver fraco, pode se relaxar o cabo da retranca, assumindo a vela um perfil mais curvo e mais potente, não importando tanto o arrasto em ventos fracos.

Partes da Vela

Tipos de vela

  • Bastarda
  • Espicha
  • Latina
  • Latina em forma de trapézio (ou latina quadrangular)
  • Marcôni
  • Pendão
  • Redonda
A vela ou candeia é uma fonte de luz que consiste tipicamente num pavio inserido num combustível sólido, tipicamente cera. A função do pavio é ser queimado no intuito de produzir fogo, e este, por sua vez, iluminar o ambiente. Além da cera, existem outros combustíveis que podem ser utilizados, como o azeite e outros óleos vegetais.
A vela é uma fonte de luz utilizada desde tempos remotos, quer na sua forma simples ou acopladas em lanternas, utilizadas muito antes da descoberta da lâmpada e outros sistemas de iluminação eléctricos.
Durante a preparação da vela, previamente à ignição, o pavio é saturado com o combustível na forma sólida. O calor do fósforo ou outra fonte de fogo irá derreter e vaporizar uma pequena porção de combustível que, no estado gasoso irá combinar-se com o oxigénio da atmosfera para formar a chama. A chama irá então providenciar calor suficiente para manter a vela acesa, numa típica reacção em cadeia auto-sustentável: o calor da chama derrete a superfície do combustível sólido, liquefazendo-o e fazendo-o deslocar-se em direcção ao pavio e subi-lo, por capilaridade; o líquido passará, com o calor, para o estado gasoso, que irá ser consumido pela chama.
Kaarsvlam-kl.jpg
O combustível é queimado em várias e distintas regiões (como evidenciado pelas diferentes cores produzias pela chama da vela). No interior das regiões mais quentes, azuladas (1), o hidrogénio está a ser separado do combustível e queimado, formando vapor de água. A zona mais clara da chama, amarelada (4), é explicado pela oxidação do carbono residual, produzindo dióxido de carbono.
À medida que o combustível sólido é derretido e consumido, a vela vai diminuindo de tamanho. As porções do pavio que não estão a provocar a evaporação do líquido combustível são consumidas pela chama, limitando o comprimento do pavio exposto.
Velas acesas na catedral de Milão

Velas aromáticas

Com o advento da energia elétrica, a vela passou a apresentar utilidades diversas da original, umas delas é a decoração de ambientes. Para esse fim, foram desenvolvidas novas técnicas de fabricação, tanto artesanais quanto industriais.
As velas se tornaram importantes elementos decorativos, auxiliando a compor um ambiente com suas cores, bem como com a iluminação indireta que gera. Comumente associadas a ocasiões românticas, hoje são muitas vezes ligadas a um status de sensualidade.
Nessa tendência de desenvolvimento cada vez maior do potifólio de velas, surgiu a necessidade de expandir seu alcance além dos sentidos visual e táctico. Assim foram criadas as velas aromáticas.
Feitas normalmente de parafina, também podem ser apresentadas na versão gel. O aroma vem do acréscimo de substancias aromáticas, tais como essências e extratos naturais. Outros componentes, como flores, frutos e sementes, além de criarem um visual diferenciado e atrativo para a vela, podem produzir os odores desejados.

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